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Amargura e Doçura
03:37
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Lyrics by Rita Figueiredo,
Music by Benji Kaplan
A moura do maracaxá
Nua, crua e pintada
Em sua bainha a espada
Cravada nas entranhas da amada
Turvo mergulho no fundo das águas
Jandira mexe o maracá
Na festa dos aflitos
Seu corpo dita a dança
Homens, mulheres e belas crianças
Mandigas, xuatês, Curumins em abundância
Impávida e aberta, uma vitória régia
Na floresta de igapó
Deu um nó no aguapé e bela flôr de abricó de um macaco
Mexe os seus cabelos
Jandira assopra o apito
Vislumbra uma bicharada
Piranha, anta, arara
Jibóia na espreita, faminta na mata
Uirapuru pía no alto da macaba
A morena subiu no alto buriti
Para ver o anhangá
Lobisomem, boitatá
Caipora, curupira, cairara, jurupari
O grito do raio assombra jandira
A força do vento, a partida do sol
O calor da terra, o frescor das águas
A moura do maracaxá
Nua, crua e pintada
Em sua bainha a espada
Cravada nas entranhas da amada
Turvo mergulho no fundo das águas
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2. |
Uai Sô
01:44
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3. |
Lagrimas na Areia
04:08
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Lagrimas na Areia
(music by Benji Kaplan & lyrics by Luiz Simas)
Canta a mãe-da-lua, é madrugada na floresta
Relva iluminada, noite clara, água escura
A bela cabocla na beira do rio
afaga seus negros cabelos de índia
Gira o boto rosa e pisca os olhos para ela
Da clareira a onça curte a dança da sereia
Corre então a irara, se lançando à correnteza,
triste, desce à praia e deixa lágrimas na areia, lágrimas na areia
De manhã a onça acorda ao som da trovoada
Vôa a passarada à procura de um abrigo
Mas (Bem) sabe a irara, esse som diferente
não é tempestade, é coisa de gente
Com dragões de ferro eles destroem a floresta,
o igapó do boto e a lagoa da sereia
Seringais se perdem quando a selva se incendeia,
a irara volta à praia e deixa lágrimas na areia, lágrimas na areia
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4. |
Chorando em Oração
01:35
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5. |
Rabiscando (Para Guinga)
02:50
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Rabiscando (Para Guinga)
(Music by Benji Kaplan & Lyrics by Pedro Dias Carneiro)
na minha casa tem um canto onde não pode entrar ninguém
é do outro lado do assoalho, no Sopé do mausoléu
da janela posso ver
cada coisa acontecer
da minha sala vai sentir o sobe desce do metrô
e quase dá pra meditar no ronco do governador
minha casa tem lugar
mas eu não posso partilhar
a medida que a tardinha vai murchando até morrer
posso ouvir a melodia se encostando no sofá
é a mesma coisa toda noite nunca para de cantar
e quase sempre eu vou dormir ouvindo o som dos cabarés
e sonho
com a vizinha perguntando
e esse som de onde é que vem?
do motivo ou da lareira
da madeira que sumiu
um marido de mulher
um buraco pra meter
se todo amor tem que acabar...
quero ver quando o planeta começar a se romper
quero ver quando o cometa derrubar o céu no mar
e no fundo da maré
não demora pra morrer
ainda imaginava
quando a luz chegava no portão
para vir
ou para ver
ou para ser o meu perdão
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6. |
Céu Aberto
04:56
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Ceú Aberto
(Music by Benji Kaplan & Lyrics by Pedro Dias Carneiro)
a céu aberto
apoiado no pé direito
atrás do beco
de salto
é só um teto
ou vai logo um quarto alugado
no meio fio
a meia guarda
por isso canta a orquestra
e tem baile na favela
a cada noite
no breu
no farol da lua
ou no melhor da manhã
no lençol ideal
na pior posição
que o menino encolhido
e a menina de vestido colorido encolhida
por isso vão se amar até o fim
no corredor
na canção
sempre tem um canto
em português ou inglês
pode ser a mesma coisa
dita ou feita
mesmo jeito de ser feliz
a meia luz ou a meia noite
o mesmo vento que varre o rosto
de frente pro mar
no colo
toca na entoca
cinta liga
a seco, o dengo
manta cinza
cobre o solo
manga sobre o corpo todo
se não há sentido algum
no seu tormento
nessa hora
que não tem porque falar de amor, nem de amor
cheiro bom daquela flor
caiu no chão
ao mesmo tempo
em'que ele foi meter o nariz
onde ela dói
pra ver se chora
se não há motivo algum pra sofrimento
nessa hora
que não tem porque falar de amor, nem de amor
até que enfim
na palavra
um juramento
no cobertor
com batata saute
até um prato
não cai do umbigo
no meio dia
que a meia bomba
quer ver se afasta a idade
ou se morre de saudade
em cada poste apagado
há um matadouro
pro carniceiro acabar de comer
a melhor refeição
no limite
a pior condição
que não se pode manter, não pode ser, não pode ter mais
por isso vão se amar até o fim
até o fim da manhã
na maior viagem
no carnaval
no final de semana
mesmo caso
velha história
era bom
só que não foi longe
entre edifícios
num muro
ao longo
do precipício
de um horizonte
a beira de um ataque
ao sorrir, leve
se não tem quem saia sem nenhuma cicatriz
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7. |
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8. |
Sempre Mudando
02:49
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9. |
A gente se manifesta
03:13
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A Gente se Manifesta
(Music and Lyrics by Benji Kaplan)
Intro: (Subindo montanhas, descendo o morro onde os rios vão
E os rios correm lá na multidão
Imenso e vasto é esse mundo
Me leva pra sempre aonde seus braços me esperam)
A gente se manifesta pelo som da música
O Planeta se manifesta pela luz das estrelas
Acorda passarada, eterna consciência
Despenca, imensa, paciência
A tristeza não se manifesta pela forma de lágrimas
No rosto de qualquer pessoa que tá sempre vazia
E no coração e no peito
Eterna consciência é movimento, riacho, é fonte, passará
Subindo montanhas, descendo o morro onde os rios vão
E os rios correm lá na multidão
Imenso e vasto é esse mundo
Me leva pra sempre aonde seus braços me esperam
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10. |
Valsa da Metrópole
03:27
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Valsa da Metrópole
(Music by Benji Kaplan & Lyrics by Rita Figueiredo)
Valsa da metrópole
vândala, ávida, déspota, senil
Faróis tão míopes, arranha-céus
Tão distraída, efêmera, zen
Plástica, trágica, pouco convém
cinza, avessa, estranha, formal
Fábrica de paletós
Túneis de sonhos, orfã e afã
Santos pau ocos, imagens cristãs
A espiral do tempo não para não
Tem varal, eletrônicos, dominó
Tem mocotó, dendê, tem jiló, João do camelô
Sádicos homens, velhas mansões, gigolô sem amor
Velho icônico joga xadrêz medieval, temporal, é fatal, seu rival
Dorival, na moral, em geral, faz jogral, liberal, vendaval, etc e tal
Perece a flôr na estação jaçanã
Padece desaceado rio tietê
tão indecente cidade natal
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11. |
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Fuga de Alcatraz
(Music by Benji Kaplan & Lyrics by Makely Ka)
Vê, não há desfaçatez
Foi tudo tão fulgaz
A menos de um mês
Vestido de strass
Seu xale era xadrez
Agora aguarrás
Na boca essa acidez
De sumo de ananás
Nas unhas um verniz
Que arranha em lilás
Me arrancou raiz
E não teremos paz
Se a fala não condiz
Com aquilo que se faz
(Me diz, me diz, me diz)
Vem tentar mais uma vez
Não olhe mais pra trás
Pois tudo que se fez
Da fuga de Alcatraz
Nós éramos dublês
Além do que se quis
Inventa esse cais
Vivemos por um triz
Por quanto tempo mais
Por tudo que se diz
Aquém do que me apraz
Você já era atriz
E eu era incapaz
De te fazer feliz
Você já era atriz
E eu era incapaz
De te fazer feliz
(Eu quiz eu quiz eu quiz)
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12. |
Óculos cor de Rosa
03:46
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Óculos cor de Rosa
(Music & Lyrics by Benji Kaplan)
oclos cor de rosa ja não da
meu amor não ha mais nada pra dizer
cha e simpatia ja não há
meu amor não ha mais nada pra dizer
quém disse quem não vive por dentro
d’alma do vento não chora e não cai!
nem chora quando sai da vida vai
mas chora ninguem sai da lida vai
oclos cor de rosa ja não da
meu amor não ha mais nada pra dizer
cha e simpatia ja não ha
meu amor não ha mais nada pra dizer
Quem disse quem não vive por dentro
d’alma do vento não chore e não cai!
nem chora quando sai da vida vai
mas chora quando a dor do amor nao sai
quem disse que eu não so um vendaval no coração quando desfaz
eu sou
uma plateia um ilusão ,
provocação no radio e Ceu,
misterioso carnaval
eu sou
um cathedral
um aviao,
um urubu que sai do chao
nasce morri
vive chore
livre corre
vive canta-dor
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Benji Kaplan Brooklyn, New York
A composer of Cuban, Russian and Austrian Descent, Benji grew up hearing various types of music and languages,especially (Yiddish, German, Spanish Hebrew and English) as a child. In his latest endeavor, Benji fuses Brazilian music with influences of neoclassical, romantic and impressionistic styles. Brazilian rhythms such as maracatu, samba, baião, choro, bolero and maxixe canbe heard throughout. ... more
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